sábado, 12 de fevereiro de 2011

Manifestações no Egito

Nesta sexta-feira, (dia 11 de Setembro de 2011), o ditador Hosni Murabak renunciou ao governo após 30 anos de poder e de 18 dias de protesto dos egípcios contra sua presidência. O anúncio foi feito pelo vice-presidente egípcio Omar Suleiman. Segundo Suleiman, um conselho militar assumirá o poder. Após o pronunciamento de Suleiman que foi transmitido pela TV estatal, os manifestantes presentes na Praça Tahrir, no centro do Cairo, festejaram. Hosni Mubarak assumiu a presidência do Egito em 14 de outubro 1981 após o assassinato do então presidente Anwar Sadat.

 O governo de Mubarak deve como base a lei de emergência que dá aos Estados poderes repressivos para reprimir militantes islâmicos no país, seu governo foi mediador entre israelenses e palestinos apoiado pelos Estados Unidos. Mubarak, que era vice de seu antecessor, venceu quatro eleições presidenciais - sendo que em três disputou como candidato único. 
Nas eleições de 2010. Observadores independentes e ONGs internacionais acusaram de fraudulentas as  eleições parlamentares do Egito, onde afirmaram que os resultados foram manipulados para favorecer o Partido Nacional Democrático (PND), do presidente Hosni Mubarak.
Representantes de organizações como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch (HRW), também acusaram em entrevistas coletivas a falta de transparência e a baixa participação eleitoral - entre 10% e 15%. Observadores fizeram referência ao "ambiente eleitoral obscuro", enquanto centenas de manifestantes protestavam nas ruas do Cairo. 
As outras denuncias foram atos de violência contra candidatos, militantes e eleitores, medidas tomadas pela polícia egípcia para impedir a entrada de observadores eleitorais independentes e representantes de muitos candidatos da oposição nos locais de votação e membros do partido Irmandade Muçulmana, a maior força opositora do Egito, denunciaram a prisão de pelo menos cem membros da legenda durante as eleições. As ONGs também revelaram a existência de cédulas eleitorais marcadas em favor de candidatos do PND.  
Os protestos:
As manifestações no Egito começaram no dia 25 de janeiro estimulados pelos manifestos da Tunísia que resultaram na queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali. O evento, intitulado “dia da ira” um dia de revolução contra a tortura, corrupção, pobreza e desemprego, contou com a participação de grupos sindicais, militantes islâmicos, entre outros.Os manifestantes tinham três objetivos principais: suspender a lei de emergência que vigora permanentemente no país (e que viola liberdades civis), forçar a saída do ministro do Interior e impor um limite temporal ao mandato presidencial.Redes sociais como facebook foram usados para confirmação de presença nos eventos. Mais tarde o governo bloqueou as redes sociais.
Para conter as manifestações o governo Egípcio proibiu reuniões públicas, protestos e passeatas e quem contrariasse as ordens seria preso e processado. Entretanto nada disso intimidou os revolucionários que permaneceram nas ruas contra a permanência de Murabak.
Para acalmar a população o governo egípcio anunciou no dia de 29 uma nova administração que não acalmou em nada os egípcios que continuaram com as manifestações.
No dia 2 de fevereiro Manifestantes pró e contra Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. Segundo a HRW cerca de 297 pessoas morreram durante os 18 dias de protestos.

Fontes: uol noticias, bbc Brasil, o estado de São Paulo, o dia.terra.

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