segunda-feira, 12 de março de 2012

Luy Romero Interview / entrevista


Tenho que ser franca geralmente quando vejo um homem dançando dança do ventre ou tribal eu presto a atenção em sua apresentação mais por ser um homem dançando em uma dança dominada por mulheres do que pela dança em si, não que o dançarino dance mal, mas sabe!? Quando você assiste a varias apresentações lindas e mesmo assim você não fica magnetizada pelo artista? Pois é, isso acontecia comigo até que prestei atenção na performance de Luy Romero, ele dançou com outras bailarinas, mas eu só conseguia prestar atenção nele e não era porque ele era um homem dançando entre mulheres ou as demais bailarinas dançavam mal, muito pelo contrario elas eram ótimas, mas Luy tem a magnitude, quando ele começa a dançar não tem como se desviar os olhos de sua apresentação. E não era só eu que pensava assim, uma moça que estava sentada atrás de mim disse “ Nossa! Esse rapaz dança muito”.
E agora com suas declarações eu descobri que além de magnético ele é um ótimo professor, a entrevista de Luy Romero é um ótimo pilar para qualquer professora de qualquer área.
Professoras horrorosas, aquelas que deixam as gordinhas no fundo para que o público não as vejam, leiam essa entrevista e aprendam o que é ser um professor de verdade.


1) Como começou sua carreira artística?
Minha carreira começou em 1999, ingressando na Escola de Dança Celso Vieira, estudando os variados estilos e ritmos de Dança de Salão. Em 2000 fazendo parte da equipe de monitores da escola de danças Dançart Espaço Integrado, onde me desenvolvi profissionalmente como professor de Dança de Salão, trabalhando com grupos de alunos e aulas particulares. Em 2005 atuei como professor de Dança de Salão no Studio Aluaha de Dança do Ventre e no Studio Shiva Nataraj, onde entrei em uma nova formação com danças orientais.
Em parceria com o renomado bailarino Ally Hauff, aprimorei minhas técnicas e ingressei no Grupo Ganesha de Dança Indiana Moderna e Grupo Áthala de Neo Tribal, desenvolvendo novos estilos e trabalhando em shows e eventos sociais.
Atuando fortemente no mercado da Dança, hoje componho a Cia de Danças Internacionais DSA (Dancers South América) como coreógrafo do estilo indiano, faço parte do quadro de professores do Espaço Shalimar Mattar Danças como professor de Dança de Salão
Em parceria com Espaço Maktub de Danças Orientais, ministro aulas de Dança Indiana Moderna e Estilo Neo Tribal.
Também sou integrante da Cia Titãs no 1º Festival de Bailarinos Árabes do Brasil e professor de Dança Indiana Moderna no Titãs Cia de Dança e Arte de Ali Khalih. Iniciando desde 2011 em estudos de Danças folclóricas árabes com a renomada BellyDancer Najwa Zaidan para aprimoramento de técnicas ao estilo Neo Tribal e ingressar no mercado de Danças Árabes.
Especializações
Hoje minha formação em danças orientais compete em técnicas de Dança Clássica Indiana, Danças Árabes, Dança Cigana, Flamenco, Jazz, Contemporâneo, onde todas essas, são aplicadas em um estilo único adaptado a danças modernas no Estilo Neo Tribal e na Dança Indiana Moderna, no qual, dirijo a Cia Ally Hauff de Danças, composta por profissionais de diversos segmentos, atuando em grandes festivais, junto com parcerias de grandes nomes no mundo da dança.
2) Qual o significado do seu nome artístico?
Meu nome artístico foi criado em uma brincadeira de amigos com o Bailarino Ally Hauff e um antigo amigo nosso em uma curtição descontraída. meu nome real é Luis e a uma associação a pronuncia dele em francês que é "Louis", foi atribuído a mim, por me considerarem um pouco refinado e apreciador de tudo que é de bom gosto, como os franceses, carinhosamente esse apelido foi sendo abreviado pelos mais íntimos e enfim o próprio Ally Hauff sugeriu que fosse meu nome artístico, por ser incomum na escrita " Luy" e de fácil pronúncia para ser gravado na memória. Hoje faço questão mais ainda de carregar um nome que ele me batizou, me dá sorte.
3) Porque o seu interesse pela dança?
Minha veia artística sempre esteve muito presente em minha vida desde pequeno, minha família já notava na minha infância meus interesses pelo meio artísticos, na escola era sempre alvo de trabalhos relacionados à arte, como teatro canto e dança, já na adolescência eu mesmo tomava iniciativa em reunir amigos para "brincarmos" de artistas e já nesta época eu mesmo montava minhas coreografias, só por diversão. Como não tive um padrão de vida muito alto, não tinha condições de entrar realmente nesse mundo e minha família não poderia pagar meus estudos, mas indiretamente, esse dom nunca diminuiu. aos 16 anos de idade, entrei em uma academia de ginástica para ganhar um condicionamento físico, porém me despertou o interesse nas modalidades aeróbicas e inclusive de danças que ela oferecia .... aí comecei e nunca mais parei. Estava finalmente com os "dois pés" no meio artístico.
4) Quem foram seus mestres?
Eu comecei minha carreira estudando Dança de Salão em 1999, entrei na Escola de Dança Celso Vieira (SP), fiquei pouco tempo por lá, pois recebi um convite de compor a equipe de bolsistas da Escola de Dança Dançart (SBC) com o Professor e Dançarino Emílio Ohnuma, logo me tornei monitor nas turmas e em pouquíssimo tempo ganhei minha primeira turma para dar aulas. em 2005 dando aulas no Studio Shiva Nataraj (SP), conheci o Bailarino Ally Hauff onde me mostrou todas as modalidades possíveis dentro das danças orientais, sobretudo em foco com a Dança Indiana e o Estilo Neo Tribal. Em 2006 no Studio Aluaha de Dança do Ventre, comecei meus estudos em Dança do Ventre com Aisha Jalilah, Luana Melo e Val Tonussi( atual proprietária), onde neste mesmo período , fazia parte também de um grupo de alunos no Espaço Príncipe do Nilo com Ryan Coolligan. Meus estudos em Dança Flamenca e Dança Cigana, recebi da renomada bailarina Marlene Airam, diretora do Grupo Airam que sempre trabalhou em parceria conosco. Absorvi muito material em Jazz e Ballet em algumas aulas come Patricia Muniz, professora de Ballet clássico da época em que estava no Studio Shiva Nataraj. Atualmente, minha mestra é Najwa Zaidan, que lapida minhas técnicas e me dá todo suporte necessário a minha formação em Dança do Ventre e Folclore Árabe, junto também com uma incrível bailarina parceira de nossa Cia, Chris Seluque do Espaço Maktub de Danças Orientais que me fornece um grande material didático e histórico na cultura oriental e aprimoro meus movimentos com Hiram Dharma, professor de Yoga do espaço Titãs Dança e Arte de Ali Khalih.
5) Qual foi o seu maior desafio no trabalho?
A principio quando trabalhava somente com Dança de Salão, meus desafios eram na realidade uma meta a ser seguida, "fazer qualquer pessoa DANÇAR”...em minha formação, aprendi que qualquer um que tenha amor por si mesmo ou quer tê-lo, é capaz sim de se soltar em uma musica e dançar livremente, tive alunos de inúmeros perfis, os que tinham facilidade, outros que tinham muita dificuldade, pessoas com limitações físicas, outras limitações emocionais, mas graças a uma perseverança infinita e fé em cada pessoa e em seu potencial, sempre em todos esses anos, consegui levar um mundo novo a seus corações. Já nas danças orientais, meu maior desafio, é quebrar dogmas e preconceitos, nem tanto pela cultura indiana, pois lá, a dança não tem gênero, mas ainda sofremos uma grande falta de informação no meio de outras culturas. Não é fácil ingressar nesse mundo sendo homem que faz dança do ventre, geralmente o caminho mais fácil a ser traçado, é você dançar folclore, é muito mais aceito no mercado, porem é fato que temos incríveis profissionais masculinos trabalhando no mundo todo e essa barreira já está sendo dissolvida. Dentro das danças tribais a discriminação é muito menor, por se tratar de uma modalidade que engloba diversas culturas e a diversidade é um atrativo muito forte.
6) O que você procura passar a suas alunas?
Cada individuo que passa pelas minhas mãos, eu sempre passo que a fé em si mesmo, é o maior exercício que se pode aprender em minhas aulas e fora delas. Não há limites para se sentir dançando, a beleza de cada movimento, só vai ficar realmente bonito, se for executado com o sentimento, é preciso fazer o coração explodir de emoção para poder transparecer no resto do corpo. Sempre digo "você pode sim, deixa de ser preguiçosa, rsrsrs..." " ... a dança já está aí dentro, é só deixá-la sair..." Sempre incentivei cada um a superar seus próprios limites...tanto físicos quanto psicológicos. A dança é o remedo do espírito.
7) Quais são seus planos futuros para a dança?
Atualmente sou o diretor da Cia Ally Hauff de Danças, deixada a mim como herança pelo Ally, um legado que pretendo levar adiante com todas minhas forças, enquanto for capaz de dançar, levarei seu nome e sua arte a todos que quiserem receber um pouquinho de tudo que ele me deixou. Seu caminho sempre foi minha inspiração e tenho certeza que ele queria ver sua Cia crescer e ganhar seu merecido valor, e quando não puder mais, esse legado será passado adiante para que sua essência nunca se disperse. Conto com amados amigos que também o seguiam e hoje fortalecemos a cada dia esses laços para imortalizar essa arte. Nosso Studio recebe cada um com muito carinho e pretendemos ampliar nossa estrutura para transformá-lo em um espaço acolhedor porem capaz de formar grandes profissionais em inúmeras modalidades da dança. Pretendo consolidar este nome durante o ano de 2012, para futuramente podermos investir em uma carreira internacional. Nosso trabalho já é bem conhecido lá fora e com muita dedicação, tornaremos este sonho possível.
8) A maior dançarina(o) de dança (de todas as modalidades de dança que você pratica), que você gosta?
Bem! Não gostaria de parecer obvio demais, existem muitos ícones que tenho como referência na Índia em diversos estilos de dança, mas sou fã numero um do meu amado Mestre Ally Hauff, foi ele quem me deu tudo que tenho de mais valioso em dança e ele é meu ídolo. Como sou muito fiel aos meus mestres, prefiro resumir que os profissionais quem ais gosto, são aqueles que acreditam em mim e me passam valiosos ensinamentos.
9) O melhor DVD didático de Dança Tribal e Indiana na sua opinião?
Não sou muito adepto a usar dvd's como forma de aprendizado, claro que eles são necessários quando não se pode ter acesso a sua fonte pessoalmente. Não possuo o hábito de colecionar dvd's didáticos, mas eu como sou bailarino performático, sempre gostei desde que comecei a estudar no meio oriental, a coleção "BellyDance SuperStars", meu foco sempre foi aperfeiçoar uma boa presença em palco e mesmo se tratando de um dvd altamente comercial, acho muito bonito assistir bailarinas incríveis exibindo suas técnicas, até porque ele já engloba os dois estilos que fazem parte desta minha fase de estudos com danças árabes e tribal com o grupo da Rachel Brice. Para a dança indiana, eu gosto muito de absorver dvd's de filmes e Bollywood, pois lá retrata de forma muito sutil, porem de grande valor didático tbm com técnicas de estilos clássicos da dança indiana em cada musical.
10) Mande uma mensagem às leitoras.
Antes de encerrar, gostaria de agradecer de coração por todo carinho que recebi e recebo até hoje de todos que gostavam e amavam o Ally e sua arte, uma gratidão imensa por todo apoio que recebi na fase difícil que enfrentei com sua partida. O carinho de vocês foi o que me manteve de pé, e me deu forças e garra pra continuar minha jornada e cumprir a missão que me foi deixada para leva-la adiante  essa maravilhosa dança a todos. Aprendi com minhas experiências que nunca se deve desistir de um sonho, mesmo que nosso cotidiano nos coloque obstáculos e nos impeçam, momentaneamente, de fazermos o que se gosta ..... Se ama dançar, lute pelo seu amor, se não sabe dançar, peça ajuda, nascemos para andarmos de mãos dadas, sempre há alguém para lhe conduzir. A energia manifestada quando se dança, é maravilhosa e faz um bem estar ao corpo e ao espírito muito grande ..... Se todos Nós dançármos com amor e sentimento ao próximo, juntos essa energia crescerá e transformaremos esse mundo em um lugar muito mais lindo.
Muita luz e paz de espírito a todos, a luz de cada estrela deixará nosso céu muito mais encantador.
Um Belly-beijo a todos...
Namaste !
  


1) How to start your career?
My career began in1999 in dance school “Celso Vieira” with ballroom dancing lessons. In 2000  became me monitor in school Dançart
In 2005 I worked as a teacher of Ballroom Dance Studio in Aluaha Belly Dance Studio and Shiva Nataraj
 Later I entered the Ganesha Dance Group Indian Modern and Neo Tribal Group Athala
Today compose Cia International Dance DSA (Dancers South America) as a choreographer in Indian style, I am part of the faculty of the Dance Space Shalimar Mattar as a teacher of Ballroom Dancing and have partnered with Space Maktub Eastern Dance and I am a member of the Cia Titans.
2) What is the meaning of your stage name?
My stage name was created in a game of friends with Ally Dancer Hauff and an old friend of ours in a relaxed enjoyment. My real name is Luis and an association to pronounce it in French it is "Louis" was given to me, consider me a bit refined and appreciative of all that is tasteful, like the French, that nickname was affectionately being abbreviated by friends, then Ally Hauff suggested that it this was my stage name
3) when emerged interest in dance?
As a child wanted to participate the artistic world, but my family could not afford to make this my dream, then at age 16  i joined a gym to get fit and I became interested in dance classes available in this academy
4) Who were your teachers?
    Teacher and dancer Emilio Ohnuma, dancer Ally Hauff, belly dancing´teachers Aisha   Jalilah, Luana Mello and Val Tonussi, teacher of flamenco and gipsy Marlene Airam, ballet´teacher Patricia Muniz and now my teachers Najwa Zaidan and Hiran Dharma
5) What was your biggest challenge at work?
My biggest challenge and make all people  DANCE "... in my training, I learned that anyone who has love for yourself or want to will have it,  is able of dance very good  and dance freely. My other challenge is break the taboos in belly dancing.
6) What are you looking to pass to their students?
Each individual who passes through my hands, I always step that faith in itself, is the largest exercise that can be learned in my classes and beyond. There are no limits to feel dancing, the beauty of each movement will only be truly beautiful, if you run with the feeling, you must make your heart explode with excitement to be able to shine in your face and  body.
7) What are your future plans for the dance?
I am currently the director of Cia Ally Hauff Dance, as an inheritance left to me by Ally a legacy that I intend to carry on with all my strength, I too intend  to expand and become more cozy studio Ally Hauff besides consolidating the CIA Ally Hauff nationally and internationally.
8) In your opinion who are the greatest dancers?
Ally Hauff and all who believe in me and pass me valuable lessons..
9) The best instructional DVD and Indian Tribal Dance in your opinion?
The collection "Bellydance Superstars" and the Bollywood films.
10) Send a message to readers.
If we dance with energy love and feeling , this energy will grow  and transform this world a place more beautiful.
Lots of light and peace of mind to all, the light from each star will leave our sky more beautiful

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